quarta-feira, 6 de março de 2013

Paralelos da contradição de Chávez


Era o maior vendedor de petróleo latino americano aos EUA, enquanto criticava os compradores. À esquerda (especialmente, a bolivariana) interessa ter um Judas para jogar sobre as costas dele os problemas que não consegue resolver. Aliás, interessa a todos os incompetentes destratar os EUA. Não morro de amores pelos ianques, não esqueci a atuação americana na história mundial. Agora dizer que não nos [América Latina] desenvolvemos por conta da hegemonia da América do Norte é, no mínimo, desonestidade intelectual. Disso o mundo está cheio.

Como fazemos sempre, é inevitável um paralelo com o mundo evangélico. Nossas mazelas e desacertos são sempre creditadas ao Cão ou às más pessoas ao nosso redor. Muitas delas, na verdade, são problemas estruturais nossos mesmo. Mas o discurso inflama as massas, aí um ou outro usa o artifício, quando não a maioria. Lembrei de Riqueza e Pobreza das Nações, de David Landes. Ele afirma que quando a espingarda chegou à América Latina, o primeiro impulso foi atirar. No Japão, a primeira atitude foi desmontar para saber como foi feita!

Outro lado da questão é a incessante fome do poder de Chávez, que queria se eternizar no trono. Ou ao menos ficar nele até 2031, como noticiou a imprensa. Como eu estou evitando questionar doxas....

De resto, ficou nos devendo a Refinaria Abreu e Lima. Acertou com Lula, e depois não cumpriu o contrato. Tudo por culpa dos americanos. É que ele extrai e manda refinar o óleo lá naquele pais infame. Intentou a refinaria para contrabalançar o esquema. Mas como o Brasil não é para amadores, o custo pulou de 2,3 para 23,1 bilhões de dólares. No fim das contas pode ficar mais caro trazer o óleo de Campos ou do Orinoco pra cá. Assim, fazendo graça com o dinheiro alheio Lula e Chávez mudaram a curvatura do círculo, para não chegar em lugar algum. A refinaria já vai com um atraso de anos e nem tem data para terminar. É ou não uma graça? A quem culpar? Aos americanos, ora!

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